terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Biografia de Gil Vicente

Gil Vicente foi um grande dramaturgo e poeta de renome português. Não existem certezas acerca da sua data e local de nascimento e morte mas julga-se que tenha nascido em 1465, em Guimarães, e falecido em 1536, em Évora. Viveu, ou seja, no período do Renascimento (século XVI).

Para além das suas principais ocupações já referidas, há também quem o identifique como ourives, a quem terá sido atribuída a Custódia de Belém, mestre da balança da Casa da Moeda e como mestre de Retórica do rei Dom Manuel.

O seu primeiro trabalho enquanto dramaturgo e poeta foi o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro. 

As suas obras retratavam os valores populares e cristãos da vida medieval. Criticavam de forma impiedosa toda a sociedade do seu tempo. O seu teatro destacava-se por ser primitivo e popular. Utilizava a universalidade dos temas sempre com um lirismo nato e poético. São geralmente apontados, como aspetos positivos das suas peças, a imaginação e originalidade, o sentido dramático e o conhecimento dos aspetos relacionados com a problemática do teatro. 

Fases das suas obras:

  • Primeira fase: caracterizada pela influência espanhola e pelo conteúdo religioso;
  • Segunda fase: sátira social, demonstrava uma ampla visão da sociedade da época utilizando linguagem ferina; 
  • Terceira fase: atinge a sua maturidade intelectual.

Teve como principal responsável pela divulgação das suas obras Juan del Encina, poeta espanhol.

Na corte, Gil Vicente servia de entretenimento nos serões oferecidos ao rei, tendo também participado em torneios poéticos.

De entre as suas obras algumas das mais famosas são: 

  • Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro (1502);
  • Auto dos Reis Magos (1527);
  • Auto da Freira (1527);
  • Auto da Barca do Inferno (1516);
  • O Velho da Horta (1512).

Gil Vicente é considerado por muitos estudiosos o pioneiro do teatro de Portugal, chamando-o de «Pai do teatro português». Esta referência é-lhe atribuída pois foi ele o primeiro autor a utilizar o género dramático. Além disso, introduziu nas suas representações o palco, a fim de colocar o ator acima do horizonte visual do espectador, e o cenário para recriar o espaço cénico adaptável ao conteúdo de cada peça. 

1 comentário:

  1. Cláudia,
    O teu trabalho está muito bem, apenas alguns reparos para ficar perfeito: antes do "mas" a vírgula é obrigatória. Na 3ª linha a expressão "ou seja" está a mais. Na 8ª linha tens uma oração intercalada que deveria estar entre vírgulas.
    Há algumas frases que poderiam estar mais sintéticas. Ele escreveu o "Auto da Feira" e não "Freira".
    O responsável pela publicação da sua obra é o seu filho e não a personalidade que referes no teu trabalho.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.

Trilhos da escrita

 Este é um espaço livre para partilhar ideias e textos... será uma aventura!